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terça-feira, 14 de setembro de 2010

QUE PAÍS É ESTE? QUE PAIS SÃO ESSES! ALGUMAS QUESTÕES SOBRE AS TOXICOMANIAS

A insistência no acompanhamento a toxicômanos, tarefa árdua mesclando o inusitado ao surpreendente e geradora de grande carga de frustração, deve acima de tudo colocar em voga o desejo e o desafio.

 Saliento a ênfase dada na relação do indivíduo com a droga levando-se em consideração o tipo de droga eleito por cada um. Destacando ainda, o fato do termo droga não se restringir à substância química, sendo extensivo a outros elementos como o jogo, o sexo, o trabalho, o alimento, uma religião, etc..., mas sendo a droga fundamentalmente materna. Ela acalma, estimula, dá prazer
.
Outro ponto fundamental é pensar o indivíduo e interrogá-lo enquanto “depositário da doença familiar”. Questões conceituais sobre as drogas e seus efeitos, os tipos de usuários, nível de dependência, síndrome de abstinência, tolerância, tornam-se indispensáveis.


Uma outra questão suscitada é saber o porquê das várias pessoas experimentadoras de drogas, não se tornarem dependentes. Charles Melman em “Novas Formas Clínicas no início do Terceiro Milênio”, distingue dois grupos de indivíduos. Uns que privilegiam a existência, mesmo dolorosa e rejeitam a idéia de um produto com o objetivo de aboli-la. E há outros para os quais essa existência não provoca prazer, senão ao aboli-la.

O que fazermos então, diante disso? Da dificuldade de sustentação de um discurso válido junto ao toxicômano? Como evitarmos o discurso fundamentalmente moralizador, apoiado em instâncias normalizadoras como Deus, pai, moral ou razão? 

Tentarei responder à algumas dessas questões na próxima postagem...
AGUARDEM...





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